sábado, 12 de outubro de 2013

Era uma manhã de quarta feira, estava um belo dia, decidi que seria hoje o dia que eu me declararia, revelaria o sentimento que guardo dentro de mim a muitos anos, e que esta me sufocando. Seu nome é Jeon Kyosung. Ele é um dos garotos mais belos daquela escola, se já não é o mais, tinha diversas garotas aos seus pés, mas isso não era importante para ele, pois pensava mais em estudar do que namorar. Eu iria para Seul, morar com minha avó materna adotiva por uns tempos, seria agora ou nunca mais. Era intervalo, ele estava sentada na grama perto do pequeno lago que ali havia. Vi seu magnifico sorriso que fazia meu coração querer pular para fora da boca e senti minhas pernas amolecerem. Só ele me fazia sentir assim, com os pés nas nuvens. Levou tempo até eu perceber, mas eu estava perdidamente apaixonada por KyoSung. Sentei-me ao seu lado. Eu estava tão nervosa, mesmo pensando tanto em formas de como dizer isso, quando a vi, esqueci tudo absolutamente. - Oppa... - Sim? - Ele prestou total atenção em mim. - Tenho uma coisa para te contar. - Eu também tenho - sorriu - Fale você primeiro - eu disse. Ele suspirou e deitou na grama, sorrindo enquanto olhava o céu azul. - Sabe o JiHyeon? - Fiz um sinal positivo - To namorando ela. Aquelas nuvens rosas que rodeavam minha cabeça desapareceram e no lugar delas apareceram nuvens cinzas. Foi um impacto e tanto pra mim ouvir isso logo hoje, meu último dia nessa cidade. Eu não conseguia olhar para seu rosto, fitar o o chão parecia algo mais fácil. Depois de um tempo olhando a água sem ter nenhuma ação, consegui falar algo. - Oh, parabéns. - Sorri fraco. Perdi o garoto que eu mais gostava pra vadia da escola, ótimo. Naquele momento eu só queria estar minha cama ou algo do tipo. Parecia um pesadelo, mas não, é real. Eu já deveria ter percebido isso antes, ele é demais pra mim. Seu telefone tocou, sms. Ele olhou para tela do aparelho e sorriu, devia ser sua namorada. - Ah, minha Hyeon está me chamando. Até mais Chaerin. - E saiu o mais rápido possível. Mais uma vez a tolinha da Chaerin sonhou alto demais. Senti que não precisava mais continuar ali, então, decidi que vou pegar o avião mais próximo pra capital. Vou tentar recomeçar, e, quem sabe, vou firmar minha vida por lá mesmo Bem que o horóscopo disse que o dia de hoje mudaria tudo na minha vida, só não iria adivinhar que seria assim. Não iria avisar a ele essa minha mudança, por mais que fosse um dos meus melhores amigos, acho que isso não o importa mais, já que ele agora namora aquela garota insuportável. Fui até a diretoria e pedi para ir para casa, alegando não estar me sentindo bem, ou mentindo, assim dizer. Quando cheguei em casa, só avisei a minha mãe que tranferiria minha viagem para hoje esubi rapidamente para o meu quarto para arrumar as malas, já que não eram muitas coisas mesmo. Na parede do quarto estavam nossas muitas fotos, presentes que ele me deu e o mais importante, o urso que ele me deu quando fez um ano de amizade. Senti meus olhos começarem a marejar e tentei segurar o choro mas não consegui, afinal, foram 15 anos morando aqui, minha vida inteira, 9 anos desses junto com o Sung. Fechei a última mala que havia, eu partiria em menos de uma hora. A porta do meu quarto se abriu e virei para ver quem era. Era o Sung. Seus olhos estavam cheios de lágrimas também, senti seu abraço forte em torno de mim e sua voz, agora desesperada, dizer. " - Não vá embora, por favor Chae. Não me deixe sozinho." Ouvir isso foi como jogar meu coração embaixo de um trator, senti cada vez mais lágrimas saírem de meus olhos. O abracei pela última vez, senti seu maravilhoso cheiro e disse - Eu te amo, nunca esqueça disso. - Sequei suas lágrimas com o polegar - Não importa onde você esteja, vai sempre estar no meu coração. - Dei um beijo em sua testa e lembrei que tinha algo para lhe dar. Fui até o gaveteiro e tirei dois coláres, juntos eles formavam o símbolo yin yang. - Quero que fique com um desses, assim, sempre lembrará de mim e eu de você. - Sorri e levei as malas para o carro. Sung podia ficar já que era "de casa". No caminho até o aeroporto as lágrimas teimaram em começar a cair. Eu nunca me perdoaria por não ter contado a verdade antes e entregado ele de bandeja para outra.

ujdjd